Uma Despedida

Chegando de verde sob os olhares palhaços dos palhaços, tudo ia bem, estávamos felizes (embora ressaqueados).
Carregamos os carros e participamos do episódio: Perdidos em Itaquá, chegamos, descarregamos, trepamos nas colunas de luz, montamos, comemos, nos maquiamos e nos apresentamos para uma platéia maravilhosa.
Tia Alva dançava pela última vez para o fon fon nas mãos risonhas. A formiguinha respondeu à despedida definitiva do palhaço apaixonado.
O espetáculo terminou, pela última vez, em risadas.
Tudo desmontado, o sol se punha no caminho de volta.
E o fim... O fim mesmo, cheio de drama e mágoa, não merece comentários, não foi um fim digno para o maravilhoso bando de palhaços, tia Alva o desconsidera.
Prefiro lembrar da risada de Pititico, dos olhos de Piluko, do andar de Franjola, da inocência de Anjo, da dança de Biscuila e da música de Pindoba.
Prefiro lembrar, não de toda a dificuldade de Tia Alva, mas dos amigos inesquecíveis que ganhei, das crianças que fomos, somos, conhecemos e convivemos, do aprendizado e do despreendimento que conquistei, da paixão que me inundou e me modificou e modifica.
Hoje tem Palhaçada! E sempre terá nos corações dos amados palhacitos.
Besitos!

Comentários

Anônimo disse…
sorrisos, sentimentos, sentidos... fomos vivendo de improviso
meio perdidos lembrando
do esquecido...
Cax disse…
Belas e fotográficas palavras Piluko...

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