Missa Conga

No domingo, 29 de abril de 2007, acordei e fui à missa no Largo do Payssandu.
A caminho, pelo sol, ao longo da São João, pela Virada, encontrei punks, zens, velhos, crianças, jovens, bêbados e beatos de todas as cores.
Em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a entrada do padre e o batuque contagiante tanto contrastavam quanto se completavam, assim como os olhos do menino africano no colo do pai, os cabelos dourados da menina na barra da mãe, a perplexidade da alva mulher ao meu lado, a emoção do branco rasta e as muitas cores e sons dos grupos de congada.
De vários locais do Brasil, viam-se diferentes semblantes, batucadas e fés.
Meu passado católico aliou-se às minhas profundas raízes africanas e brasilianas, meu pés não pararam, meu corpo se entregou ao belo ritual, meus olhos se inundaram.
De repente, estávamos todos de mãos dadas, atados pela mesma energia.
A profusão daquele momento é inacessível neste.
Mas, inesquecível.






*TODAS AS FOTOS *

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