Alberto
Naquela manhã Alberto acordou derrubando o despertador, virou e dormiu mais um pouquinho, como sempre. Só saiu da cama depois do beijo de bom dia da mulher, como toda manhã. Tomou café, como de costume. Comeu pão com manteiga e brincou com as crianças, como todo dia. Levou a mulher ao trabalho como todas as terças. Deixou os filhos na escola, como todas as terças, quartas e sextas. Voltou para casa, colocou o terno sobre a cama e entrou no chuveiro morno, como de hábito. Fechou a torneira, vestiu o roupão, caiu no chão e morreu, como nunca.
Comentários
É impressionante o que um segundo, e um pequeno deslize podem fazer com a gente.