Carta
Meu querido
Não sei se você chegará a ler esta carta porque não sei como envia-la e não sei quando nos veremos, o que para mim é muito triste neste momento.
Tudo na sua Ilha é intenso e eu, que sempre tentei ser sensata, fiquei inicialmente perdida, confusa, atordoada e terminei apaixonada com tanta energia, tanta loucura, tanto som, tanta poesia e Cataia no ar.
Os 12 dias que passei na Ilha, valeram emocionalmente como meses e meses, muita coisa aconteceu dentro de mim, muita água rolou e eu achei que meu balanço final seria confusão, mas não, o final da minha passagem na sua Ilha foi o melhor possível, porque foi com você.
Foi tão difícil sair da Ilha que até agora me pergunto se eu não deveria estar aí, meu lado responsável e minha paixão desgastada pelo teatro venceram, mas até agora ainda sinto seu gosto, seu cheiro o tempo todo e eles são um alento nessa volta à minha concreta realidade paulistana.
No Lagamar, em Cananéia, no ônibus, em casa (enquanto eu lavava a barraca ouvindo Packaw para fingir que ainda não estava aqui), no supermercado, na farmácia, na casa do meu irmão, durante a reunião da Confraria e por todas as 3 horas de ensaio eu só pensava no seu beijo, na sua tranqüilidade e nos seus lábios me dizendo: Fica menina.
Como eu queria estar aí... Como estará a Ilha, como estará você, em que estará pensando? Está vendo a chuva cair? Terá algum pensamento pra mim?
Seu mundo é tão diferente do meu e tão bom... Até quando a lembrança do seu cheiro me dará alento para essa loucura na qual vivo? Será que vai dar para eu voltar logo para esse paraíso? E quando eu voltar, será que seus olhos tranqüilos ainda serão meus ou será já teremos nos perdido em outros olhos?
Com você partilhei meu sonho e minha alma, você me fez considerar coisas que não são plausíveis no meu mundo, me despertou sentimentos que eu evitava.
Voltei saudosa e mudada.
Obrigada
Infinitos beijos e abraços
Kaquis
São Paulo, 09 de janeiro de 2007.
Não sei se você chegará a ler esta carta porque não sei como envia-la e não sei quando nos veremos, o que para mim é muito triste neste momento.
Tudo na sua Ilha é intenso e eu, que sempre tentei ser sensata, fiquei inicialmente perdida, confusa, atordoada e terminei apaixonada com tanta energia, tanta loucura, tanto som, tanta poesia e Cataia no ar.
Os 12 dias que passei na Ilha, valeram emocionalmente como meses e meses, muita coisa aconteceu dentro de mim, muita água rolou e eu achei que meu balanço final seria confusão, mas não, o final da minha passagem na sua Ilha foi o melhor possível, porque foi com você.
Foi tão difícil sair da Ilha que até agora me pergunto se eu não deveria estar aí, meu lado responsável e minha paixão desgastada pelo teatro venceram, mas até agora ainda sinto seu gosto, seu cheiro o tempo todo e eles são um alento nessa volta à minha concreta realidade paulistana.
No Lagamar, em Cananéia, no ônibus, em casa (enquanto eu lavava a barraca ouvindo Packaw para fingir que ainda não estava aqui), no supermercado, na farmácia, na casa do meu irmão, durante a reunião da Confraria e por todas as 3 horas de ensaio eu só pensava no seu beijo, na sua tranqüilidade e nos seus lábios me dizendo: Fica menina.
Como eu queria estar aí... Como estará a Ilha, como estará você, em que estará pensando? Está vendo a chuva cair? Terá algum pensamento pra mim?
Seu mundo é tão diferente do meu e tão bom... Até quando a lembrança do seu cheiro me dará alento para essa loucura na qual vivo? Será que vai dar para eu voltar logo para esse paraíso? E quando eu voltar, será que seus olhos tranqüilos ainda serão meus ou será já teremos nos perdido em outros olhos?
Com você partilhei meu sonho e minha alma, você me fez considerar coisas que não são plausíveis no meu mundo, me despertou sentimentos que eu evitava.
Voltei saudosa e mudada.
Obrigada
Infinitos beijos e abraços
Kaquis
São Paulo, 09 de janeiro de 2007.
Comentários
ainda quero saber dos detalhes que não couberam na carta.
logo.
bjs