Cotidiano


Abro os olhos devagar: seis horas e quarenta e cinco minutos - me diz o relógio do celular.
Vagarosamente, viro-me para o outro lado, ouço o ronco baixinho, boquinha semiaberta, os cachinhos pretos espalhados sobre o travesseiro do Homem-Aranha.
Sonolenta, vigio e paquero o pequeno Batman, que se mexe e fala alguma coisa inteligível, seguido de um não. Deve estar sonhando, ainda dorme.
Em ritmo lento e automático, alcanço a garrafa azul no criado mudo, vencida a sede, cochilo... No que parece ser uma fração de segundo, ouço o sinal do colégio vizinho.
Mais cinco minutos, começo a me alongar, Chico, o gato, também espreguiça e boceja charmosamente.
Sento-me na cama, antes que consiga me levantar, ouço a voz do meu Batman:
- Mamãe, pode dormir comigo só mais cinco minutos.
Deito-me novamente pronta para me atrasar para a natação, mais uma vez.


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