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Mostrando postagens de fevereiro, 2007

Wonderful World

Um dia da adolescência, uma dia de aniversário em que eu fazia 16 ou 17 anos, eu estava na casa da Rua 13, a família pronta para cear e eu ansiosa por gostar do natal, do meu aniversário. Coloquei a música que me tocava para tocar, era Wonderful World, de Louis Armstrong, daí eu tomei coragem e decidi que eu queria ouvir a voz do ser amado e liguei para o William, não tive coragem de falar nada, só ouvi a voz dele, o engraçado é que não lembro o que ele disse, não lembro se foi ele que atendeu ou se eu mandei chamar, só lembro que era meu aniversário, que eu ouvi a voz dele e por isso dormi feliz. Lembrei de tudo isso porque hoje, o Giba, meu colega de trabalho, me apareceu com um CD-mofo que tinha essa música, eu ouvi e lembrei do William, do telefonema, daquele passado. A Rosana lembrou do cunhado dela que adorava essa música. O cunhado morreu, por isso, a mãe dela sempre chora quando ouve Wonderful World e eu quase chorei por me lembrar de um dia, ou melhor, de uma noite inocente e

Saudade

Dói diferente e corrói a pontinha do coração de forma que espreme os olhos para deixá-los quase alagados. A barriga treme porque o corpo quer ir e tem que ficar, impotente. A concentração é vencida por lembranças e a vontade... É se deixar inundar...

Luzes

Imagem
Sete andares acima do meu, povoada de pensamentos, me perco entre inúmeras luzes. As estrelas poucas na linda noite do céu cinzento me dão vontade de Marujá. O planetário deve estar lá, pleno. O maluco na varanda, sonzinho ao fundo, a natureza gritando. E eu aqui, cinza e perdida, cheia de vermelho complicado no coração.

Batido

O assunto é batido e chocante, mas só hoje me dei conta... Na verdade, minha vontade de ser feliz, diversas vezes me aliena da realidade crua, triste e pesada, (palavras que sempre tento evitar) mas hoje, fui instigada a pensar no menino que morreu no Rio arrastado pelo cinto de segurança e procurei notícias a respeito. É triste e cruel demais, como tantos episódios que já ouvimos por aí, como daquela menina da colégio São Luiz. Daí eu penso que não sei o que pensar, ou eu acredito que convivemos com vários monstros, ou eu culpo a sociedade, ou eu acredito em carmas, em espiritismo, que me explicaria que Liana e o João Hélio fizeram atrocidades em vidas passadas. O problema é que por mais que eu tente, no fundo sou uma cética convicta que tenta acreditar. Meus pensamentos me dizem que há pessoas muito más, capazes de coisas horrorosas... Para compensar, eu nunca acredito que essas coisas acontecerão comigo ou com minha família, será instinto de sobrevivência?! Eu procuro fazer yoga,