Batido

O assunto é batido e chocante, mas só hoje me dei conta... Na verdade, minha vontade de ser feliz, diversas vezes me aliena da realidade crua, triste e pesada, (palavras que sempre tento evitar) mas hoje, fui instigada a pensar no menino que morreu no Rio arrastado pelo cinto de segurança e procurei notícias a respeito.
É triste e cruel demais, como tantos episódios que já ouvimos por aí, como daquela menina da colégio São Luiz.
Daí eu penso que não sei o que pensar, ou eu acredito que convivemos com vários monstros, ou eu culpo a sociedade, ou eu acredito em carmas, em espiritismo, que me explicaria que Liana e o João Hélio fizeram atrocidades em vidas passadas.
O problema é que por mais que eu tente, no fundo sou uma cética convicta que tenta acreditar.
Meus pensamentos me dizem que há pessoas muito más, capazes de coisas horrorosas... Para compensar, eu nunca acredito que essas coisas acontecerão comigo ou com minha família, será instinto de sobrevivência?! Eu procuro fazer yoga, fazer o bem, ser legal e espero que o mundo me retribua. Espero ter sorte? Talvez, talvez não, espero!
Não faço quase nada para o mundo ser melhor, mas espero que ele seja... Acho que eu só quero ser feliz...
Mas hoje eu pensei, não tenho filhos e nem acho que um dia estarei apta a ser mãe, mas sou tia e meu instinto maternal se concentra em Iaguinho e se alguém fizesse com Iaguinho algo parecido com o que fizeram com o menino de 6 anos, João Hélio, creio que eu quereria matar os caras, mas quereria de verdade.
A tristeza aumenta, ao vermos que só quando morre gente muito inocente e que o assunto vai pra mídia é que a indignação aparece em forma de medo.

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