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Mostrando postagens de abril, 2018

Maçã

Encerada, brilhante Rubi Coração que não bate Alimenta Queixo com covinha Cheirosa Apetitosa Riscas brancas Obra de arte Vermelho Cheiro Que faz desejar Saborosa Com um beijo Selinho Que pede a língua Que pede o corpo Que pede mais Sabor Cheiro que molha aboca Lambuza o paladar Num momento Antropofágico Delicioso. (exercício: Poema descritivo da maçã. Oficina de poesia com Josiane Cavalcanti Biblioteca Mário de Andrade)

1 mês

Hoje faz um mês que o sol é mais bonito as cores são mais brilhantes, que cada dia é um roteiro inteiro, que cada instante é mais importante, que cada sabor é mais que um sabor, que cada sensação é um mundo, que meu mundo parece um poema, que cada reação é mais intensa Hoje faz 31 dias que reencontrei os olhos de sol.

Gênia

“O mar serenou quando ela pisou na areia...” Toda vez que eu ouvia Clara Nunes, em especial, esta música, me batia um arrependimento arretado de ter desperdiçado a chance de ficar com Tiago, o percussionista, que encontrei na 2º terça-feira de outubro de 2017, no Ó do Borogodó, bar de samba no bairro Pinheiros. Não que precisasse, mas para acentuar meu arrependimento, Lígia o encontrou pouco depois no mercado da Lapa e me mandou uma foto, ambos sorridentes e aquele sorriso olhava pra mim na tela do celular de tempos em tempos. Não raro, Lígia que estava comigo no episódio Ó do Borogodó repetia que não entendia porque eu não tinha ficado com aquele percussionista maravilhoso, nas palavras dela...Tampouco eu entendia, acho que fiquei tão embasbacada que fui embora. E o cara ainda é mestre de bateria da Mocidade Alegre, o que soube por uma mensagem na madrugada do sábado de carnaval, pela mesma Lígia, que por conta de uma hérnia, só pôde aproveitar a folia pela TV, onde ela deu

Tanto a

Tantas palavras desejando som Tantos beijos prontos Tantos outros se aprontando A pele ansiando pela pele Os cabelos esperando teu despentear Tantos abraços sozinhos Tanto deleite, tanto derreter Tanta loucura virando razão As mãos inquietas, perdidas E o querer, e os quereres? Tanto e tanto a ser que nunca será.

Fora de Lugar

“Mas ficou tudo fora de lugar café sem açúcar, dança sem par...” Meu café já era sem açúcar, nunca fui de dançar com par, mesmo assim, me lembrei dessa música, porque está tudo fora de lugar... coração batendo do lado errado, boca que não consegue sorrir, olhos que choram secos e ainda que não possa ser vista, há uma ferida grande que dói e sangra. Tudo se contorce: eu aqui dentro, o resto do mundo pra lá da janela e minha alma arredia... há um mês, nada disso existia e hoje a ex-inexistência me parece um mundo... Um mundo cheio desses hífens que eu não sei mais como usar. Até o nome cada vez mais para baixo no zap me entristece. Hoje está tudo fora de lugar.

Lua Cheia

                                                                              Por Tiganá Macedo Lua cheia é a lua que clareia, a lua que incendeia e lua que semeia. Lua cheia é a lua da emoção que traz o clarão para o nosso coração. Lua cheia é a lua insistente que mexe com a nossa mente e se faz presente. Lua cheia é a lua dos terreiros que traz aos guerreiros a força que emana nos Batuqueiros.

Dia difícil

Dia de ânimos acirrados, difícil, bem difícil, discordar hoje é brigar... tempos sombrios. Não, não sou a favor da prisão do Lula. Sim, acho que estão rasgando a Constituição. Não gosto de discussão, nem de briga, mas Sinto, mais do que nunca, que preciso me posicionar.

Desejos

Gostaria de saber de cada desejo seu antes mesmo do seu sussurro ou do seu pensamento. De compreender e apaziguar cada aflição escondida atrás de seus olhos brilhantes. Entender e acolher e apagar cada tristeza contida em suas palavras, em seus gestos, em suas entranhas, expulsando cada inquietação da sua mente ao colocar sua cabeça em meu peito. Gostaria que meu beijo em seus lábios alimentasse seu corpo com uma porção tão grande de felicidade que satisfizesse todo seu corpo e a fusão de nossos corpos seria um eterno orgasmo. Nosso abraço conteria tal carinho, tanto desejo, tanta ternura e tanto e tanto... que você jamais se apartaria de mim. Gostaria de ter você muito pra mim, mas não só pra mim, porque o mundo precisa demais dos seus olhos de sol. Quero mesmo que a alegria do seu sorriso seja eterna e que estes seus sóis estejam sempre brilhando longe e perto de mim.

Francisco

Não, agora não pretendo falar do meu amado Chicão-pai, embora ele tenha participação nessa história, nem do outro Chico, meu folgato. O Francisco é outro. Quando me mudei para São Paulo, aos 18 anos, uma das minhas prioridades era assistir a um show de Chico Buarque de Holanda e um ano depois meu sonho materializou-se. Já no início de 1994, Ana Paula, amiga querida, que conheci no pensionato da Alameda Itu, veio munida do jornal que continha a esperada notícia: Show de Chico Buarque em São Paulo, mais precisamente na casa de shows Palace, no bairro Moema. Viva! Pulamos e nos abraçamos no corredor do pensionato Maria Imaculada, feito duas adolescentes que éramos. Não, o ingresso não era barato, mas tínhamos como conseguir o dinheiro suficiente, com alguma economia, eventos aos finais de semana e boa ajuda de nossos queridos pais... Assim, logo estávamos na fila do Palace escolhendo nossos lugares e logo é maneira mesmo de dizer, porque pegamos um ônibus demorado, e enfrentamo

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Medo dos meus quereres Saudades do meu bem-querer