Postagens

Mostrando postagens de julho, 2006

Imagens da Sé

Imagem
Quase todos os dias meus olhos assistem a muitas imagens na praça da Sé, num dia crianças montadas numa vaquinha, noutro, um beijo apaixonado na saída do metrô, enquanto freiras e monges descem a escada rolante, ao lado de um cantor de samba, em plena atividade. O rapaz sorridente lendo poesias, ou o razinza atropelando todo mundo para sair do trem; Uma vez, até ganhei um livro de poesias de um escritor simpático “Sonetos do último Quarto do Século XX – Volume V”. Já ensinei um rapaz a passar na catraca, já presenciei vários manifestos, já ouvi várias pregações, algumas estapafúrdias, já parei para fotografar o sol entre as arvores da praça. A poucos dias, saindo do buraco do metrô, vi uma moça que gritava: “Doeu, doeu! Tá doendo ainda!” Ela repetiu a dor muitas vezes, em gritos de desabafo, durante todo o dia pensei naquela mulher, que era provavelmente mais jovem que eu, mas que já deve ter vivido coisas que nem imagino, imaginei qual seria a causa de tanto sofrimento, mas eu nunca s

A Farsa do Boi Surubão

Imagem

A Farsa do Boi Surubão

Imagem
A Confraria da Paixão estará apresentando, nos dias 14, 15 e 16 de julho, às 19:00 horas, no Teatro Julia Bergmann, o espetáculo A Farsa do Boi Surubão. O tema do espetáculo é a literatura de cordel. Conta a história de um poeta popular que sai pelo mundo vendendo seus folhetos. Em sua saga, mostra ao público quatro de suas histórias: A virgem que se pensou incomodada por causa do desmantelo; A menina que ficou prenha vendo o boi iluminado; De como o Senhor Nosso Deus resolveu dar um fim à bandalheira; e O sujeito que meteu a mão na cumbuca e arranjou um par de chifres. Elenco: Bruno Matos Cátia de Oliveira Cax Nofre Di Crunfli Éder Soares Eduardo Poyares Filipe Barbo Leda Abade Luiz de Assis Monteiro Silvana de Oliveira Vagner Anjinho Vicente Chala Texto e direção: Luiz de Assis Monteiro. O Teatro Julia Bergman fica na Rua Cruzeiro, 256 - Barra Funda. Fone: 3392.4240 (www.teatrojb.com.br)

Giovanni Pasquini

Não tenho mais dúvidas, io vou torcer para a Azurra domani! Perchè hoje eu conheci o Senhor Giovanni Pasquini. Depois da minha aula de palhaço, em que a Cax tomou bronca do palhaço dela, eu fui fazer compras e na volta resolvi comprar uma bota Sete Léguas para lavar o espaço de ensaio do Trocadilhos & Sobressaltos, quando eu estava experimentando minha bota dois números além do meu, recebi o sorriso simpático de um senhor bem humorado de boina, que me deu conselhos de graça e se apresentou como artista plástico e escritor, uma pessoa cheia de luz que escreveu Palavras Reflexões e Cores, Confissões de um Menino de 70 Anos, pintou um quadro que está no Sapori de Rose no Copan e em breve terá uma exposição. Meu vizinho, que foi comprar meio litro de cloro, enquanto eu experimentava minha bota Sete Léguas! Percebo que desde ontem estou em ótima sintonia, pois tenho atraído coisas muito boas e hoje teve palhaço, amanhã tem boi, durante a semana muita peça, ensaio, dedicação agitação...

Pé Frio

Eu estou começando a achar que sou pé-frio. Primeiro, porque sou friorenta pra caralho, e meu pé fica literalmente frio. Segundo, porque a Copa 2006 tem me convencido do sentido metáfórico do pé frio. Eu torci para o Brasil, é claro! E não preciso repetir (mas vou) que nos demos bem mal. Hoje eu torci pra Portugal, por causa do Felipão, do Deco e do meu bisavô (e porque era contra a França), mas Portugal teve a mesma sina da seleção amarelada: 1 a 0 pros França. Os lusitanos estarão a disputar o 3º lugar, seleção valente! Pensando bem, ontem eu torci para o Itália e não é que a Itália ganhou?! Vai ver que eu não sou tão pé frio, a Azurra está na final, quase foi desclassificada merecidamente pela Austrália, mas está lá na final e ninguém vai lembrar deste "detalhe" se eles levarem a taça. Aí vem meu dilema, domingo tem França e Itália, não sou dessas que consegue não torcer pra ninguém numa Copa do Mundo (mesmo depois do quadrado mágico ter caído no buraco negro). Torcer pra

seria melhor não recordar

Em 1986, eu estava na casa minha amiga Laine, a mesma que depois disse que não gostava de mim, o Zico bateu o penalti e não fez o gol. Acabava ali a Copa de 1986 para o Brasil. Em 1990, eu, adolescente, escrevi no meu diário, sobre a derrota do Brasil, apesar da seleção brasileira ter jogado melhor, perdeu para a Argentina e fomos eliminados da Copa. Em 1998, eu assiti ao fatídico jogo de final da Brasil x França, com o Falavigna e pai dele, Sr. Oscar, que não veria o Brasil Penta, não vou me torturar ainda mais lembrando deste jogo, mesmo porque, há poucas horas atrás eu assisti a outra tragédia com os mesmos personagens, e o mesmo vitorioso algoz. Em 1º de julho de 2006, Brasil e França se enfrentam pelas quartas de final da Copa do Mundo, em clima de revanche (pelo menos para os torcedores). Meus amigos chegados vieram à minha casa, fizemos churrasco tomamos cerveja, cantamos o hino, Iaguinho balançando a bandeira... A seleção entrou em campo com boa marcação, escalação promissora,