Postagens

Mostrando postagens de 2008

Poema dos meus Sentimentos

Atrapalhada Atrasada Pressionada pelo relógio Caótica Sinto sem absinto Descompasso apressado Ócio pernóstico Olho tolo Perdido dia Insegura censura Perdida Manhã aflita Incompetente sem Tempo Que tempo Incompetência Do tempo Que tenho Quero tempo Quero palavras Quero quero Não entrego Nem esmero Socorro corro Procuro palavras Atrasada persistência Ínterim que ri de mim Tempo que ronda Zomba Vento alento Destempo Sentimento Palavras avoadas Finalizam Inabilidade temporal Final.

São Paulo

São 19:18 horas e eu de olhos rasos e bandeira tricolor amarrada nas costas, bebo e comemoro. Como uma mocinha piegas em frente à TV chorei ao som da orquestra sinfônica do estádio vazio, segui as palpebras de Murici Ramalho e os braços de Rogério Ceni. Devastada pelas inquisições do durante a semana, desanimada a com não-vitória sobre Fluminense, ansiosa pelo final, seguindo cada marcação de Ricky, cada lance de Dagoberto, cada dominação de Hugo, cada chute de Borges, cada pique de Miranda, cada escanteio Jorge Wagner, cada tudo de cada são-paulino, agora comemoro e digo com todas as letras, não para provocar ninguém, não para nada a não ser proclamar minha paixão pelo São Paulo e desenroscar da garganta meus gritos: É CAMPEÃO! TRICAMPEÃO!!! HEXACAMPEÃO BRASILEIRO!!!!!! SALVE O TRICOLOR PAULISTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! SÃO PAULO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Poema com Som de Azul

Azul Portal da morada compartilhada Pinceladas amadas Enluaradas molhadas Azul Pintura agrura Azul Cantado chorado Amargo agrado Azul Angústia bagunça Azul Angustiado calado Azul Escuro maduro Azul Desejado pintado Amado portal azulado Da morada compartilhada Azulada.

Poema Aliterando K G

Augusta agrura Que engasga Conquistas quistas Que graceja dos gritos Agudos que queimam A garganta gasta Grotesca química Que engana e quebra A quina da quimera Queria querer Queria querida Crina Erguida Guerra Grito Gaguejo Cuspo Enfraqueço Agrura crua Garganta cortada Que sangra e cala.

Poema aliterando T D

Tarde tácita Desde a demora Endosso troços Tédio odioso Dia tedioso Traças destroem vidraças Sátiros tiram trapos Dados... Deus Dai-me tato... Onde estás Pacato ingrato? De quatro Tendo Infarto? Traída caída Desdenho-te Digo Sinto-me desgastada Enfadada da saudade de ti. Dize-me Voltas ainda esta tarde?

Eu e minha natureza

Florescida de meu Jardim Precipito Precipitada em meu Abismo Enlouqueço Enlouquecida em minhas nuvens Fatigo Fatigada em minha caverna Adormeço Adormecida em minha relva Esqueço Esquecida em meu orvalho Umedeço Umedecida em minha chuva Aqueço Aquecida em meu rochedo Esmoreço Esmorecida em meus maremotos Entardeço Entardecida em meu crepúsculo Anoiteço Anoitecida em minha lua Madrugo Madrugada em minhas estrelas Amanheço Amanhecida em meu sol Ressuscito Ressuscitada de minhas tempestades Floresço.

Procura (Natureza Próxima)

À procura de orvalho Encontrei poeira À procura de Calor Frio À procura de vagalume Aranha À procura de canela Bromélia À procura de margarida Granito À procura de lagartixa Formiga À procura de fogo Terra Meus ombros chegam ao fígado O fígado ao coração O coração à mão A mão à Iris A íris ao pé A pé procuro borboletas Lagartas encontradas Moles minhocas passeiam Ácaros me sufocam À procura de água Mágoa me cala.

Direção (Natureza Distante)

Veste esmeralda Cabeça estelar Coração rouxinol Pés iceberg Sigo Mãos de ornitorrinco Dedos de sal Pescoço de naja Sigo Tornozelos no mar Costas na aurora Cabelos nas nuvens Sigo Olhos para a cordilheira Narinas para o cupuaçu Boca para o céu Sigo Joelhos em areia movediça Seios em relâmpagos Coxas em estrelas do mar Sigo Ouvido busca cachoeira Duvido Nuca busca deserto Esqueço Cotovelo a cotovia Ia Umbigo o arco-íris Dia Sigo Sigo o umbigo.

Lugar (Natureza Distante 1)

Onça no oásis Cajá na caverna Girafa na geleira Meteoro no mar Diamante no deserto Panda no pantanal Neve na nuvem Alga no Abismo Urso no umbu Hipopótamo na hematita Tubarão no tufão Serigüela na Savana Pterodáctilo na pradaria Mercúrio no mangue Foca na fossa Lula na lua Búfalo na baía Eu no estado.

Olhos (Natureza Distante 2)

Órbita de satélites Olhos intempéries Recifes fechados Olhos cerrados Galáxias distantes Olhos mutantes Chuva de meteoros Olhos mornos Arquipélagos de milhas Olhos ilhas Buraco negro Olho vesgo Dragão Olho pagão Erupções Olhos Vulcões Crateras Panteras Ursos polares Olhares Orangotango Pranto Zebras Vespas Olhos bestas Abertos incertos

2º Poema com assonância em É

És pé És fé Fel e mel Léu e véu És poético Esmero e nexo Excelso vértice És incerto e indigesto Maestro pirético Quepe e leque És céu e cordel Ébano e celeste És assimétrico e correto Mestre hermético Clérigo cético Acesso e retrocesso És Dileto e direto Eclético épico Velho ereto Disléxico intrépido Metro quilométrico Neve bélica És o pileque que engrandece.

Poema com assonância em Ó

Oh dóceis bobocas Vós olhos próximos Vós cornos broxas Vós cacófagos amorfos Vós monótonos idiotas Vós blocos, tocas Vós sórdidos porcos Vós odiosos buldogues Vossos ódios Vossos ósculos Vossas tochas Vossas portas Vossas notas Vossas costas Vossas mostras Vossas moras Vossos mortos Vossos nós Tortos fortes Mórbidas cossas Dó de vós Oh Caóticos beócios.

Poema com assonância em É

Diletos mestres Eméritos psicodélicos Seletos intrépidos Fé homérica Pés no Céu Belas Quimeras Quermesses Serestas Festas frenéticas Coquetéis Vedetes Belas mechas ao léu Badernas éticas Violoncelo Pincel Peças Presépio modesto Boneca Geléia Mel Bisteca Esmero Gestos etéreos Epopéias Anéis Véus Cinderelas molecas À espera de corcéis Época poética

Lango

Lango meu tango Meu anjo Meu santo profano Meu mango Meu humano insano Meu ano Meu acanho fandango Meu panho Meu manto assanho Meu canto Lango que amo

Mara Voara (3º Poema com assonância em A)

Mara sentada sonhava Mara Encantada relembrava Claras baladas Mara dançava Sonatas marcadas Mara cantava Cantadas enluaradas Mara beijava Amada Mara avoada Amara Mara Voara Arara

Poema com Assoância em U

Tu luso fecundo Tu vagabundo Tua volúpia Luxúria pública Abrupta... Cus bundas Tu múmia púrpura Soturna Tu furúnculo fúnebre Entulho úmido Tu fungo rotundo Inseguro túmulo Tu caruncho intruso Mergulho imundo Murmúrio pulha Sussurro urro Urubu coruja Tu defunto Adubo

Mara (2º Poema com assonância em A)

Mara sentada sonhava Mara Encantada relembrava Claras baladas Mara dançava Sonatas marcadas Mara cantava Cantadas enluaradas Mara beijada avoada Amara Mara Voara Amada Mara amara chorava

Poema com Assonância em A

Dá literato Dá amásia Dá pacato Pecado Dá miado Planetário Dá salgado Dá lata Dá barata Da mata Baralho Pra Caralho Rapaz e capataz Carro e sapato Dá gato amassado Risada e palhaçada Dá goleada, cervejada Moçada, Cachaça Batata... Cagada Dá gelada Dá barato Dá caro Bancária Precária Impávido casado Tarado Calçada enluarada Molecada pelada Pirada Dá gargalhada.

Fotografia

No foco montanha Deserto No foco flor Rubi No foco amigo Umbigo No foco bolo Idade No foco céu véu No foco rio Espuma No foco namorado Atrapalhado No foco luz Amarela No foco lixo Podre No foco mar Ilha No foco memórias da retina.

Fotografia

No foco montanha Lembrança No foco flor Beleza No foco amigo Saudade No foco bolo Passado No foco céu Alegria No foco rio Aventura No foco namorado Amizade No foco luz Decepção No foco lixo Tristeza No foco mar Prazer No foco memórias da retina.

Procura

Procurando a flor encontrei o lixo Procurando o namorado encontrei o amigo Procurando a montanha encontrei o mar Procurando a luz encontrei o rio Procurando o céu encontrei o chão Realidade que salga o bolo dos sonhadores

Quimera

Ele dormia A rede balançava na varanda A aliança reluzia no dedo Margarida trazia a cerveja gelada Janela florida Tarde ensolarada A molecada ria e brigava Brigava e ria Galvão confirmava o gol O primo resmungava Alvoroço danado Petisco pra todo lado Mas a tarde foi virando noite Não se ouvia mais a molecada O primo nem resmungava A cerveja turvava A terra rachava Margarida sumia O alvoroço ia O vira-lata latia O mendigo acordava 30/set/08

Poema Aliterando P B

Preocupada com poema Trabalho Problemas burocráticos Respostas pragmáticas Buracos pequenos Pessoas pesadas Paradas Barreiras baixas Pacatos babacas Políticos pedantes Parasitas públicos Perfeitos boçais Prefeitos Processos abundantes Preocupações bestiais Papéis podres Páginas em branco Palavras. 24/set/08

Poema aliterando P

Parada na porta procuro palavras para proclamar póstumas proezas do poeta pagão permeadas de paixão progredirão poesias pintadas sobre a parede pálida pensamentos pecaminosos passarão do passado presentearão o presente.

Corpo

Roçando no corpo O corpo Enroscando no corpo O corpo Incomodando o corpo No corpo Espremendo o corpo No corpo Disputando espaço entre o aço Corpo a corpo O corpo.

do Curso

Do Curso Iniciação ao Texto Literário Professor Gilson Museu Lasar Segal Vem pra este Canto as próximas palavras.

A volta do Blog

Meu blog coitado tão esquecido parado volto a ti querido perdoe-me acolha-me retorne fique expanda-se abrace-me meu cantinho.

Zinha

Meu time perdeu, me sinto só. Não estou só. A dependência causa uma solidão maior.

Tolerância... A paciência

A panqueca veio trocada, com molho branco, que não gosto nadinha. Eu tive que ir trocar, nem tomei a cerveja, nem ganhei cortesia, só panqueca fria. Na volta, a família reunida, aniversário da mama e, para meu azar, final de Big Brother, que eu não gosto nadinha. Não seria democrático mudar de canal, melhor exercitar a arte da paciência... A tolerância. E visitar meu cantinho quase abandonado.

9 M

Imagem