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Mostrando postagens de outubro, 2007

Perdas Estranhas

As imagens passam na minha cabeça, ouço aqueles sons, aqueles gostos, mais imagens... Um escrito laranja, uma foto no portãozinho verde do clube, carnaval, filé ao molho madeira, a escadaria ao lado padaria, bateria, piano, o cabelo da mãe, a 43. O Juninho, o irmão do Jôly, morreu. Ele também era irmão do Gilbert, filho do Zé Luiz, que trabalhava com meu pai e da Valdeci que tinha o cabelo grande. Jogava vôlei, era bem atraente na adolescência, cabelos pretos, forte, bacana, engraçado. Namorou a Márcia. Um dia, fizemos a brincadeira do copo. Num tempo, estivemos juntos quase todo o tempo. Nesse tempo ele queria fazer medicina, soube que fez, como soube que foi morar em Uberlândia, que casou, teve filhos. Nunca mais nos vimos, nem nos veremos. Tristeza estranha. Como pode acontecer algo assim? Algo que acontece o tempo todo... Adeus sempre tem, dito, anunciado, constado, sempre difícil, inacreditável, alheiamente concretizado.